Como fazer a gestão financeira do MEI?

Gestão financeira do MEI é importante. Como você considera essa questão? Autonomia é a principal característica de quem decidiu ser MEI (Microempreendedor Individual).

O MEI toca a empresa sozinho, seja produzindo bens ou prestando serviços. É ele quem prospecta, controla as finanças e gerencia fornecedores.

E é justamente na hora de lidar com o dinheiro que muitos MEIs acabam encontrando dificuldades.

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae revelou que 77% dos mil entrevistados nunca fizeram nenhum treinamento em finanças. Pasme: a maioria ainda usava folhas de papel para registrar despesas.

E 48% não tinha o hábito de fazer previsão dos gastos da empresa.

Vale lembrar que é a falta de conhecimento e a desorganização que comprometem o sucesso de uma empresa.

A boa notícia é que algumas práticas simples podem fazer toda diferença.

Controlar as finanças ajuda a prever problemas e tomar decisões importantes de forma antecipada.

Você também é MEI e não sabe muito bem como gerenciar suas finanças?

Esse artigo foi escrito pensando em você! Nele, vamos trazer dicas para controlar o caixa da sua empresa, além das obrigações enquanto MEI.

Práticas importantes para o MEI

Antes de tudo é importante fazer um bom planejamento estratégico do seu negócio.

Dessa forma, você sabe quais as metas deseja atingir e o quanto pode gastar para conquistar cada uma delas.

Vai ficar muito mais fácil saber onde alocar recursos, o que deve ser cortado ou quais objetivos deverão ser ajustadas.

É essencial também saber de todas as obrigações e direitos do MEI. Assim, você poupa tempo, dinheiro e evita surpresas desagradáveis.

Registre todas as entradas e saídas de dinheiro e, respectivamente, a sua origem e o destino.

Esse trabalho vai fazer você entender detalhadamente de onde e para onde vão os seus recursos.

E, principalmente, se sua empresa está dando lucro e onde pode cortar custos.

Por que calcular o lucro de empresa e como fazer corretamente.

Se as coisas não estiverem dando certo, procure ajuda de um profissional.

Você pode administrar a empresa sozinho, mas um bom contador pode fazer toda a diferença quando a situação financeira apertar.

Passo-a-passo para fazer a gestão financeira

1° Conheça suas despesas

Você deve saber detalhadamente quais são suas despesas fixas e variáveis.

É importante ressaltar também que o MEI não precisa apenas saber com o que está gastando no momento, mas deve saber com antecedência onde vai gastar no futuro.

E, claro, jamais misture gastos pessoais e de casa com as despesas do negócio.

Não use dinheiro da empresa para pagar contas pessoais, e nem o seu crédito pessoal para cobrir custos da empresa.

2º Faça o Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa apura e projeta o saldo disponível, ajudando a manter seu capital de giro.

Você deve registrar tudo o que recebeu ou vai receber, pagamentos e movimentações previstas.

Essa ferramenta vai dar uma visão do presente e do futuro, e qual a real disponibilidade do caixa.

Assim, você consegue antecipar investimentos, promoções, empréstimos, dentre outras ações.

Experimente baixar uma planilha online para fazer o Fluxo de Caixa. Vai facilitar bastante o processo.

3º Mantenha o Capital de Giro

O capital de giro é a reserva de dinheiro para manter o estoque, pagar impostos, fornecedores e outras despesas operacionais.

Enquanto a sua empresa ainda não gera lucro, é ele que vai permitir o funcionamento do seu negócio por um tempo.

Para calcular o capital de giro, some todas as suas contas a receber e o valor que você possui em estoque.

Depois, subtraia desse valor todas as contas e os valores a pagar em impostos e despesas.

4º Prepare-se para momentos difíceis

A falta de uma renda fixa pode trazer muitos problemas nos períodos em que a empresa não estiver muito bem.

Por isso, faça uma reserva do seu dinheiro pessoal!

Uma boa ideia é aplicar uma pequena porcentagem dos seus ganhos mensais em investimentos de baixo risco e liquidez imediata.

Já ouviu falar do Tesouro Direto? Pode ser uma boa estratégia.

5º Economize no início

Ao invés de alugar um escritório particular em que você terá que arcar com gastos como aluguel, luz, internet, concentre as despesas com infraestrutura em um só lugar.

Você pode optar por um home office ou pagar uma mensalidade em um coworking.

Neste segunda opção, você tem acesso a vários serviços para manter sua empresa funcionando: salas de reunião, endereço fiscal e comercial, atendimento telefônico e gerenciamento de correspondências.

Quais os direitos e os deveres do MEI?

Conhecer os benefícios e deveres do MEI é fundamental para a saúde financeira do seu negócio.

Entre os direitos estão benefícios previdenciários como aposentadoria por idade ou invalidez, auxílio-doença e salário-maternidade.

Você também pode usar linhas de crédito com mais facilidade e ainda tem direito ao apoio técnico do Sebrae.

Como obrigações, você deve emitir notas fiscais a pessoas jurídicas e guardar notas de compra e venda.

Também deve fazer o pagamento mensal da DAS (Declaração Anual Simplificada) e entregar a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI).

Quando você receber o valor mínimo tributável de outras fontes ou acima de 40 mil reais no ano, o MEI também precisa fazer a Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física.

Todas as informações estão disponíveis no Portal do Empreendedor.

Por fim, seus lucros não podem ultrapassar os R$ 130.000,00 ao ano.

Caso o faturamento não ultrapasse mais de 20% do limite, você deverá recolher o valor da DAS normalmente até o mês de dezembro e mais um valor de DAS complementar pelo excesso de faturamento.

Entretanto, a partir do ano seguinte, caso ultrapasse novamente, você terá que se desenquadrar da modalidade.

A partir daí, é possível se transformar em uma microempresa ou empresa de pequeno porte.

Uma boa notícia no fim das contas. Afinal de contas, significa que seu negócio cresceu, não é mesmo?

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